SAUDADES DO MAIOR IDOLO DO BRASIL
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SAUDADES DO MAIOR IDOLO DO BRASIL
Hoje está fazendo 28 anos da primeira vitória de Ayrton na F1.
Segue o relato feito pelo antigo site Gemani
Segunda prova do campeonato de 85. Local: Estoril, Portugal. Aquela que poderia ser mais uma etapa normal da F1 marcaria, sim, o início de uma nova era. Na verdade, essa nova fase começara no sábado, quando Ayrton Senna fez sua primeira pole.
Este domingo glorioso de 21 de abril, começou, no entanto, de forma problemática para Ayrton, como ele contou a Eduardo Corrêa: "Era minha segunda prova pela Lotus, a primeira pole. Durante o warm-up, quando ainda não tinha começado a chover, o motor estourou. Foi uma quebra repentina e violenta, que levou junto o câmbio e parte da suspensão. Era preciso refazer toda a parte traseira do carro, nas poucas horas que restavam para a largada. Saí do carro e, como não adiantava correr até os boxes e pegar o carro reserva, subi num barranco ao lado da pista e fiquei esperando o final dos treinos. Era como se eu estivesse me vendo de frente: minha fisionomia, minha expectativa, toda a frustração. Não era a melhor maneira de iniciar o domingo."
No warm up para o GP de Portugal começou a chover, pouco a pouco, ensopando a pista do Estoril. Ayrton "sem nenhum treino com o Lotus e com os pneus Goodyear na chuva". Foi ele mesmo quem recordou: "Os organizadores tinham-nos dado dez minutos extra de aquecimento para nos adaptarmos àquela chuva. Eu estava tão perdido naquelas condições... porque não fazia a mínima idéia de como o carro iria comportar-se com tanta água, depois de ter saído do seco para o molhado com os depósitos cheios. Por isso, saí dos boxes como que pisando em ovos. Lentamente, com medo de perder o carro naquela volta e nem largar. Aí veio a largada, senti que o carro estava ... normal e fui embora."
Ayrton deu uma volta a mais que todos os outros pilotos, exceto Michele Alboreto, que completou as 67 das 70 voltas previstas mais de um minuto atrás do brasileiro. Foi uma corrida tipo Jim Clark, dominando de ponta a ponta.
Disparando na liderança logo da pole, Ayrton tinha a vantagem de uma visibilidade normal, sem o rastro de espuma de água dos pneus biscoito. Foi abrindo em média 1,5s por volta, e manteve-se sempre seguro na frente, melhorando a cada volta.
Apenas uma vez, talvez devido a uma falha de concentração, quando liderava por mais de 15s sobre seu companheiro De Angelis, teve uma ligeira saída de pista, que mesmo assim controlou: "tive vários momentos difíceis, mas o maior foi quando passei com as quatro rodas por cima de uma enorme poça de água e o carro acquaplanou para fora da pista. Felizmente não bati em nada e pude voltar ao asfalto". Apesar dos insistentes pedidos de Gerard Ducarouge, Marco Piccinini (Ferrari) e do próprio Ayrton para a corrida ser interrompida, Luis Salles Grade, Diretor da Prova, não o fez nem mesmo aos 70% da sua extensão, continuando até ao limite de duas horas. Por pouco não havia uma dobradinha Lotus: De Angelis teve um furo de pneu.
Mas, a grande estrela do dia foi Ayrton Senna. Peter Warr pulava de alegria nos boxes quando ele completou a prova dando murros no volante, e quase saindo da pista, já sem cintos de segurança, de tanta emoção pela vitória retumbante e histórica. Ao parar o carro, pulou e foi dar um beijo em seu pai que não se continha de alegria, debaixo da torre de controle.
Sua competência, para andar muito mais forte na chuva do que todos os outros, não era só um talento, era fruto de muito trabalho. Foi aprendida, desde os tempos do kart, como ele recorda: "Lembro-me da minha primeira corrida de kart na chuva. Foi um desastre, uma piada total. Eu não conseguia fazer nada, com toda a gente me passando por todo o lado. Era estranho porque no seco eu era bastante bom. Nesse dia vi que não sabia nada de pilotagem na chuva e comecei a treinar em piso molhado. Sempre que chovia, lá estava eu, a testar e a treinar. Foi aí que aprendi a andar na chuva."
Na volta de desaceleração, Senna soltou o cinto e quase pulou fora do carro de tanta felicidade. Nem viu que vinha alguém atrás dele, à toda, que teve de jogar o carro para fora da pista para evitar o maior estrago.
Uma curiosidade: a alegria da vitória de Ayrton Senna, contrastou com a tristeza de todo o Brasil, pela morte do presidente Tancredo Neves, primeiro presidente civil eleito, após a ditadura militar brasileira.
FONTE: Ayrton Senna do Brasil VIA FACEBOOK.
Segue o relato feito pelo antigo site Gemani
Segunda prova do campeonato de 85. Local: Estoril, Portugal. Aquela que poderia ser mais uma etapa normal da F1 marcaria, sim, o início de uma nova era. Na verdade, essa nova fase começara no sábado, quando Ayrton Senna fez sua primeira pole.
Este domingo glorioso de 21 de abril, começou, no entanto, de forma problemática para Ayrton, como ele contou a Eduardo Corrêa: "Era minha segunda prova pela Lotus, a primeira pole. Durante o warm-up, quando ainda não tinha começado a chover, o motor estourou. Foi uma quebra repentina e violenta, que levou junto o câmbio e parte da suspensão. Era preciso refazer toda a parte traseira do carro, nas poucas horas que restavam para a largada. Saí do carro e, como não adiantava correr até os boxes e pegar o carro reserva, subi num barranco ao lado da pista e fiquei esperando o final dos treinos. Era como se eu estivesse me vendo de frente: minha fisionomia, minha expectativa, toda a frustração. Não era a melhor maneira de iniciar o domingo."
No warm up para o GP de Portugal começou a chover, pouco a pouco, ensopando a pista do Estoril. Ayrton "sem nenhum treino com o Lotus e com os pneus Goodyear na chuva". Foi ele mesmo quem recordou: "Os organizadores tinham-nos dado dez minutos extra de aquecimento para nos adaptarmos àquela chuva. Eu estava tão perdido naquelas condições... porque não fazia a mínima idéia de como o carro iria comportar-se com tanta água, depois de ter saído do seco para o molhado com os depósitos cheios. Por isso, saí dos boxes como que pisando em ovos. Lentamente, com medo de perder o carro naquela volta e nem largar. Aí veio a largada, senti que o carro estava ... normal e fui embora."
Ayrton deu uma volta a mais que todos os outros pilotos, exceto Michele Alboreto, que completou as 67 das 70 voltas previstas mais de um minuto atrás do brasileiro. Foi uma corrida tipo Jim Clark, dominando de ponta a ponta.
Disparando na liderança logo da pole, Ayrton tinha a vantagem de uma visibilidade normal, sem o rastro de espuma de água dos pneus biscoito. Foi abrindo em média 1,5s por volta, e manteve-se sempre seguro na frente, melhorando a cada volta.
Apenas uma vez, talvez devido a uma falha de concentração, quando liderava por mais de 15s sobre seu companheiro De Angelis, teve uma ligeira saída de pista, que mesmo assim controlou: "tive vários momentos difíceis, mas o maior foi quando passei com as quatro rodas por cima de uma enorme poça de água e o carro acquaplanou para fora da pista. Felizmente não bati em nada e pude voltar ao asfalto". Apesar dos insistentes pedidos de Gerard Ducarouge, Marco Piccinini (Ferrari) e do próprio Ayrton para a corrida ser interrompida, Luis Salles Grade, Diretor da Prova, não o fez nem mesmo aos 70% da sua extensão, continuando até ao limite de duas horas. Por pouco não havia uma dobradinha Lotus: De Angelis teve um furo de pneu.
Mas, a grande estrela do dia foi Ayrton Senna. Peter Warr pulava de alegria nos boxes quando ele completou a prova dando murros no volante, e quase saindo da pista, já sem cintos de segurança, de tanta emoção pela vitória retumbante e histórica. Ao parar o carro, pulou e foi dar um beijo em seu pai que não se continha de alegria, debaixo da torre de controle.
Sua competência, para andar muito mais forte na chuva do que todos os outros, não era só um talento, era fruto de muito trabalho. Foi aprendida, desde os tempos do kart, como ele recorda: "Lembro-me da minha primeira corrida de kart na chuva. Foi um desastre, uma piada total. Eu não conseguia fazer nada, com toda a gente me passando por todo o lado. Era estranho porque no seco eu era bastante bom. Nesse dia vi que não sabia nada de pilotagem na chuva e comecei a treinar em piso molhado. Sempre que chovia, lá estava eu, a testar e a treinar. Foi aí que aprendi a andar na chuva."
Na volta de desaceleração, Senna soltou o cinto e quase pulou fora do carro de tanta felicidade. Nem viu que vinha alguém atrás dele, à toda, que teve de jogar o carro para fora da pista para evitar o maior estrago.
Uma curiosidade: a alegria da vitória de Ayrton Senna, contrastou com a tristeza de todo o Brasil, pela morte do presidente Tancredo Neves, primeiro presidente civil eleito, após a ditadura militar brasileira.
FONTE: Ayrton Senna do Brasil VIA FACEBOOK.
Re: SAUDADES DO MAIOR IDOLO DO BRASIL
Esse fato eu não lembro, tinha meus quatro anos completos há poucos dias...mas com certeza foi onde começou tudo que pude ser testemunha nas manhãs de domingo.
Valeu por compartilhar Beto.
Valeu por compartilhar Beto.
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